quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

De uma boa relação e outros quejandos

Nenhuma relação amorosa entre duas pessoas é boa. Ou acaba ou morre alguém (tretas como "viver o momento" oi "foi bom enquanto durou" não me convencem. Acredito que se aprende muito com relações falhadas, e talvez até se precise desse falhanço para mais tarde se acertar, mas no meu livro de definições, relação acabada é relação falhada) .

1 comentário:

Anónimo disse...

A relação amorosa é boa. A bondade que sabe incluir afectuosamente a tristeza e o sofrimento como parceiros benéficos da alegria e do prazer, num esforçado equilíbrio de uma relação interpessoal.

De acordo com Donatella Marazzitti, «Graças ao afecto, aceitamos de bom grado e sem tragédias que passe a tempestade emocional desencadeada pela atracção, com os seus picos de alegria extrema mas às vezes também de profunda tristeza, porque percebemos que os novos sentimentos de segurança, serenidade, certeza da presença e do apoio por parte do outro são extremamente agradáveis e gratificantes e, ainda que menos intensos, mais duradouros.»

E quando a relação acaba, nem por isso há que pensar num falhanço. Pode pensar-se, sim, na aprendizagem de que «uma vida sem amor tem pouco significado, embora nem todos arriscam enfrentar adequadamente este sentimento, no sentido de usufruir da sua felicidade ou de suportar a dor que pode causar.»

Deixa-te de tretas e de “irras”. Arrisca na relação amorosa, consciente de que «só uma “loucura” fisiológica, transitória como a da paixão, mas ainda assim loucura, com todas as modificações biológicas que lhe são subjacentes, pode catapultar-nos para a estrada do amor. (…) Só uma “loucura” pode fazer-nos esquecer as precauções, os medos diante de uma pessoa nova que nos parece melhor do que as outras que conhecemos, a ponto de nos fazer sair do círculo protegido da família e da vida rotineira para caminhar para o desconhecido.»

Arrisca, não na idealização adolescente, mas sim como gente crescida, amadurecida no seu tempo. Deixa-te de prantos lamechas, de lamber as tuas próprias feridas, de bradar a quem não te ouve mais. Coragem e sabedoria!