domingo, 1 de fevereiro de 2009

A minha cidade já não é minha

De volta à cidade que foi minha durante quase meia década. Está quase igual. O frio, as casas, as pessoas. Um pouco diferente aqui e ali, uma rua nova que está para abrir, uma outra loja que mudou de sítio, uns thingamajigs no meio da rua que não faço ideia que função têm. Sabe bem estar de volta ao sítio onde fui tão feliz, onde me senti tão sozinho, onde trabalhei tanto e onde tive tanta liberdade.

Vou ver a minha casa. Não posso passar do portão, não tenho chave e ainda que tivesse a fechadura foi mudada. A casa ainda está lá, ao fundo, abandonada talvez aos ratos que um dia tive de expulsar. Espera, disseram-me, por ser demolida. É estranho, estar na minha cidade mas não na minha casa, na minha casa já não é minha. Está frio, parece mal espreitar as casas dos outros, recolho-me ao hotel. Sou um estranho na minha cidade e não tenho com quem partilhar a vista da praça central que tenho do quarto.

Faz-me falta o meu namorado aqui. Não que eu fosse ter grande tempo para namorar, mas far-me-ia tão feliz sair um pouco à noite com ele e voltar rapidamente para o quentinho, fugir do frio.

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