terça-feira, 4 de novembro de 2008

Obama

Está na hora da mudança prometida. Não por uma questão de direita ou de esquerda, não para transformar o mundo num paraíso da noite para o dia. Trata-se apenas de reconquistar a decência na política. Deixar as tricas para o lado, as mesquinhices partidárias, os interesses obscuros. Não, Obama não é um salvador, não é perfeito, terá muitos defeitos. Mas encerra nele uma promessa em que vale a pena acreditar. A que é possível fazer política pela positiva, com ideiais e valores humanistas. Com talento e sem recorrer a tácticas torpes. Aliás, que essa é a única forma que deve haver de fazer política.

Sei que há muitos pessimistas que se recusam a entusiasmar com alguém. Percebo, colocar a nossa confiança num político encerra um grande risco de sairmos chamuscados. Além de que apoiar a mesma pessoa que uma grossa fatia da população é por vezes difícil quando se parte do princípio de que as pessoas são estúpidas.

Mas o mundo não é apenas guiado pela estupidez, pelo egoísmo ou pelo desejo do lucro, há quem dê de graça, há quem toque os corações dos outros, há quem enriqueça a dar. E é nessa humanidade realmente humana que vale a pena acreditar. Mesmo correndo o risco de passar por tolo.

Hoje como tantos outros estou a torcer por Obama. Enfeitiçado pelos discursos dele, pela mobilização histórica que parece conseguir, pela promessa de mudança. E a suspirar "quem me dera ter um político assim em Portugal".

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois, a verdade é que em Portugal temos melhor... Temos uma senhora com vasta experiência governativa, com uma formação académica exemplar, com experiência profissional fora do estado. Uma senhora que tendo já a sua vida mais que resolvida, que podia ficar sentada em casa a gozar a companhia da família e uma significativa reforma, escolheu servir o país. Uma senhora, que ao contrário de Obama, não nos serve retórica vazia em cada em cada discurso, mas antes a verdade dura e crua, sem euforias carnavalescas, com seriedade. Enfim, só não percebe quem não quer...