quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ao herói incógnito

que se afastou em passo apressado duas paragens antes do Marquês, o meu tributo.

Era da cor do chocolate de leite, o seu queixo projectava-se para a frente de forma quase bizarra e era senhor de uma voz autoritária. Poucos repararam no seu sorriso de satisfação ao sair do autocarro, aliás poucos o terão ouvido dizer "eu sou polícia e vi-o meter a mão na carteira dessa senhora. Faça favor de lhe devolver o que lhe tirou e de sair na próxima paragem, a menos que queira ir comigo para a esquadra".

Mas eu vi e não me esqueço. Terá apenas cumprido o seu dever, é certo, mas fê-lo de forma eficaz, discreta e tranquilizadora, num dia em que estava de folga. É bom saber que andam pessoas dessas por aí. Obrigado.

1 comentário:

Luis da Cunha disse...

Olá! E muito benvindo!
Já sentíamos a tua falta!

Avé aos senhores de queixo projectado!

Abraço