segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Back to basics, life is a merry-go-round

Amar não é para mim algo que se sente. Também é, mas só às vezes; sentimentos que vivem na epiderme correm o risco de ser levados pela primeira chuva, e se tantas vezes até troveja...

O Amor é construção (já me chamaram homem das obras por esta afirmação), acto consciente de quem sente e decide fazer com que funcione.

Passei quatro anos quase em exclusividade a trabalhar só na construção de um sentimento e de uma vida. Foi uma aprendizagem (não é sempre?), embora talvez não tão frutuosa quanto deveria ter sido. Não poderei renegar quem sou nem os meus princípios, por isso pouco muda. Ou o que há que mudar já foi mudando, ou apenas o tempo tratará disso. Saio triste, não derrotado nem desiludido. Machucado, mas tranquilo. Tenho um mundo à minha volta, real e imaginário (nem por isso menos real), que me lembra da pessoa a quem me dei. Mas respiro fundo e olho em frente.

Quatro anos não é nada, quatro anos é muito tempo.

I've got to go back to basics. Tenho é de andar em frente.

Não estou dividido, mas antes consciente de que às vezes dar um passo atrás é andar para a frente. Quero recordar-me de mim, levantar a cabeça, voltar ao normal. Chegou a altura de sair do meu casulo protector, onde me protegia de tudo quanto me pudesse magoar. Chegou a altura de voltar a viver.

O que escrevo não é contraditório, contraditória é a vida. Perceber isso dá sentido às coisas.

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